Isabella Viana

mar 114 min

7 passos para iniciar a organização financeira da sua clínica odontológica

Para que sua clínica odontológica prospere, é fundamental ter um bom controle financeiro. Neste blog, apresentamos um guia simples com 7 passos essenciais que te ajudará a organizar suas finanças, desde dividir as contas até cortar gastos desnecessários e fazer escolhas baseadas em informações sólidas.

Organização financeira para dentistas: como não errar nas finanças da clínica?

Atualmente, o cirurgião dentista não depende apenas de seus conhecimentos técnicos para alcançar o sucesso. É preciso também, obrigatoriamente, aprender a gerir seu consultório e entender que está diante de uma empresa.

E na maioria das vezes, esse é um profissional que entra para o mercado de trabalho, empreendendo, sem ter vivenciado nenhuma base administrativa e financeira na faculdade.

Dentistas gestores, muitas das vezes, na tentativa de ter o domínio financeiro de sua clínica ou consultório, destinam horas exaustivas (além das realmente necessárias) a esse fim, que poderiam estar sendo utilizadas, por exemplo, para a conversão de novos pacientes.

Quando nos deparamos com uma área de conhecimento que não temos conhecimento ou domínio, nosso subconsciente tende a nos sabotar, fazendo com que a gente acredite ser tudo muito complicado e difícil.

Um dos maiores desafios para o profissional, diante dessa necessidade, é conciliar a agenda de atendimentos com as funções de um dentista gestor. Além disso, o entendimento da gestão depende do quanto o dentista está disposto a investir em cursos, congressos, consultorias ou mentorias existentes no mercado.

Qual o primeiro passo para tornar a gestão clara e objetiva? Buscar, de forma simples, transformações que agregam valor aos processos administrativos de uma clínica ou consultório.

Neste Blog você verá:

  • 7 passos para dar início a organização financeira da sua clínica odontológica.

    • PASSO 1 - Separar contas pessoais x profissionais.

    • PASSO 2 - Estabelecer um pró-labore inicial.

    • PASSO 3 - Identificar gastos desnecessários.

    • PASSO 4 - Renegociar com fornecedores.

    • PASSO 5 - Calcular o seu custo por hora.

    • PASSO 6 - Adotar ferramentas que facilitem a gestão.

    • PASSO 7 - Tomar decisões baseadas em dados reais.
       

Boa leitura!

Texto por Isabella Viana

Leia também: Contabilidade para Dentistas: organizando a gestão financeira da sua clínica.

Confira os 7 passos para dar início a organização financeira da sua clínica odontológica:

Nosso ponto de partida é a organização básica e conseguimos dar o pontapé inicial por meio de 7 passos.

1. Separar contas pessoais x profissionais

Separação da conta bancária pessoal da profissional e redirecionamento dos recebimentos dos pacientes. As entradas e saídas em apenas uma conta bancária e em uma mesma planilha gera grande desorganização, pois se perde o controle financeiro.

Aqui observamos a necessidade de se estabelecer um pró-labore justo e verificar a possibilidade de concretizá-lo mensalmente. Esse pró-labore será fixo e em uma única retirada mensal pelo dentista do caixa da clínica.

2. Estabelecer um pró-labore inicial

Para quem não sabe como estabelecer um primeiro pró-labore, comece anotando todos seus gastos fixos pessoais para a “sobrevivência” e utilize esse valor, inicialmente. Você já vai começar a fazer uma análise pessoal financeira e pode ser que não tinha controle de todas as saídas.

3. Identificar gastos desnecessários

Identificar e se necessário, eliminar gastos supérfluos caso tenha um foco de recebimento (pró-labore) que ainda não consegue alcançar;

4. Renegociar com fornecedores

Negociar as compras de insumos. Acompanhar e viver essa constante alta dos insumos não está fácil, pois não conseguimos reajustar os procedimentos odontológicos da mesma forma, no mesmo percentual de aumento.

5. Calcular o seu custo por hora

Cálculo do custo por hora de seu consultório, ou seja, os custos fixos divididos pelas horas disponíveis para atendimento - somando todas as cadeiras, descontando em média 5% para faltas e 10% também em média, para possível ociosidade.

6. Adotar ferramentas que facilitem a gestão

Visualizar as informações por meio de um software odontológico: todos os agendamentos, faturamento (vendas), recebimento (entrada) e saídas (custos fixos e variáveis). Nós não conseguimos compilar, manipular e entender as informações quando elas estão em papel.

7. Tomar decisões baseadas em dados reais

Basear decisões e acompanhamentos através da utilização de Indicadores. Não se controla aquilo que não se mede. Através de informações, conseguimos os dados necessários para obtenção de métricas, definição de metas e análises de resultados.

Os principais indicadores são: Faltas e Desmarcações; Primeiras Consultas; Inadimplência; Conversão de Vendas; Fluxo de Caixa; Lucratividade, Ticket médio e Taxa de Ocupação.

O setor da odontologia apresenta seus desafios e oportunidades e é uma área rentável e sólida. Portanto, a gestão e organização financeira é um dos pilares mais importantes para o negócio. Essa gestão requer domínio de boas práticas para que a saúde financeira da clínica ou consultório se mantenha positiva e estável.

Conclusão

Os desafios do setor odontológico realçam o quão crucial é gerir bem as finanças de sua clínica. Ao dominar a gestão financeira, você, dentista, se torna um gestor completo, equilibrando perfeitamente a técnica odontológica com a administração.

Seguindo os 7 passos deste blog, você embarcará na jornada para uma gestão financeira eficaz. Desde separar finanças pessoais das profissionais até tomar decisões baseadas em dados concretos, cada etapa fortalece a fundação da sua clínica.

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Sobre a autora

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